Fratura do tornozelo é uma das fraturas mais comuns do corpo e são frequentes em indivíduos de qualquer idade: crianças, adultos jovens ou idosos. 

Após uma torção do tornozelo, após uma queda simples ou uma queda de maior energia, como durante  práticas esportivas ou em acidentes automobilísticos, se a energia dissipada nos ossos do tornozelo (fíbula ou tíbia) for maior do que eles suportam, eles podem fraturar.

Dor e Inchaço - Os sintomas iniciais são dor e inchaço ao redor do tornozelo, que podem estar localizados na região externa do tornozelo (maléolo lateral - fíbula), região interna (maléolo medial - Tíbia) ou ambos.

Deformidade evidente do tornozelo – Geralmente, é indicativo de fraturas mais graves, em que os ossos do tornozelo além de fraturar podem ter perdido a sua articulação com ossos do pé (luxação)

Dificuldade de apoio do pé no chão – Geralmente, as pessoas com fratura do tornozelo geram dificuldade ou incapacidade de apoiar o pé no chão. Porém, CUIDADO! Algumas pessoas mesmo com fraturas, de acordo com a sua tolerância à dor, conseguem andar e sentem pouca dor. Por isso, sempre é essencial uma avaliação médica especializada após uma torção. 

Formação de Bolhas ou ferimentos da pele - Podem ser indicativos de lesões mais graves, com riscos maiores de complicações de cicatrização. São lesões de tratamento urgente!

O diagnóstico de fratura do tornozelo é realizado após exame físico detalhado e é confirmado com realização de exames de imagem: radiografia (raio-x) e, em caso de dúvida diagnóstica, pode ser necessária a realização de tomografia computadorizada.

O tratamento inicial após uma fratura é realizado com analgesia e imobilização. Em seguida, decide-se entre tratamento cirúrgico ou conservador.  O tratamento definitivo depende de fatores como idade, grau de funcionalidade e independência, número de ossos fraturados, desvio das fraturas e suspeita de lesão ligamentar.

As fraturas com mínimo desvio, com fratura de apenas 1 osso, sem lesões ligamentares associadas podem ser tratadas de forma conservadora (não cirúrgica), com uso de imobilizações e apoio do pé no chão progressivo.

Entretanto, a grande maioria das fraturas de tornozelo são de tratamento cirúrgico, uma vez que, por ser uma articulação que suporta o peso do nosso corpo, mesmo pequenos desvios têm risco de evolução para artrose e dor. O objetivo geral do tratamento cirúrgico é restabelecer a anatomia óssea normal, com realinhamento dos ossos e colocação de placas e parafusos para fixação.

A preocupação inicial no pós-operatório é o processo de cicatrização da pele, com trocas de curativos e observação cuidadosa. À medida que evolui o processo de cicatrização, progride-se para o apoio pé progressivo com uso de imobilizadores.
O acompanhamento fisioterápico nesse processo é de suma importância para a progressão do apoio do pé, bem como fortalecimento muscular e, na fase final de reabilitação, treino de equilíbrio e propriocepção.
O tempo total de consolidação (formação óssea) após uma fratura de tornozelo é de 6 a 12 semanas, dependendo da gravidade da lesão e questões biológicas individuais.